![]() |
Credito: www.joaoleitao.com |

Humildemente, o
blog Pretenses quis te apresentar a Irlanda pelos olhos e palavras da Nora. Por
isso compilamos um texto a partir dos prefácios de alguns livros. Entenda que
nada desse texto te dará Spoiler de qualquer história.
Mas te apresentará
da maneira mais bonita que podemos encontrar a Irlanda que todo leitor dos
livros da Nora, já esteve. Ah sim, te garanto que meu passaporte já foi várias
vezes carimbado em uma viagem a essas terras descritas abaixo. Posso te
garantir que já senti o cheiro do sal e da terra nos penhascos rochosos que
lutam contra o Atlântico após o último pub antes de Nova York. Já passei pelas
encostas verdes com suas flores absurdamente selvagens e magnificas em cores e
odores.
E posso quase jurar
que ouvi as canções dos pubs, com suas histórias e paixões. Bom talvez eu não
tenha colocado meus pés realmente lá. Mas te juro que já estive lá e posso
revisitar a qualquer momento em que sentir saudade das pessoas que moram
naquelas terras, basta abrir as páginas dos livros.
Elisabete
A Primeira Vez, A Irlanda!
Toda a minha vida quis visitar a
Irlanda. Meus ancestrais vieram da Irlanda e da Escócia e sempre desejei estar
lá, poder ver por mim mesma as colinas verdes e sentar num pub enfumaçado,
ouvindo música tradicional. Quando pude fazer esta viagem com minha família,
senti que estava em casa desde o primeiro momento em que desci no aeroporto de
Shannon. Ambientar uma história na Irlanda foi uma decisão natural. Tanto a
terra como as pessoas inspiram ideias era escrever sobre o país e sobre a
família, pois eles se entrelaçam no meu coração[i].
A Irlanda ocupa um lugar especial no meu coração. Os
extasiantes campos verdes sob céus de chumbo, o cinza dos muros de pedras, o
majestoso desmoronamento de um castelo em ruínas, muitos saqueados pelos
malditos Cromwellianos. Amo o modo como o sol pode brilhar através da chuva,
fazendo-a parecer gotas de ouro, e as flores podem florescer selvagemente nos
jardins e nos campos. É uma terra de penhascos íngremes e pubs obscuros e
enfumaçados. De magias, lendas e corações partidos. Há beleza mesmo no ar.
E o Oeste da Irlanda é a paisagem mais deslumbrante de um país
deslumbrante. Lá os engarrafamentos são frequentemente vacas sendo
conduzidas ao campo pelo fazendeiro. Lá, uma estrada ventosa do interior, fechada
por cercas vivas de fúcsias selvagens, pode levar a qualquer lugar. Lá o rio
Shannon brilha como prata e o mar quebra nos penhascos como trovão.
Mas, além do interior, o que há de mais magnífico na Irlanda é
o irlandês. Verdade. É terra de poetas, guerreiros e sonhadores, mas é ainda
uma terra que abre os braços aos estrangeiros. A hospitalidade irlandesa é
simples e delicada. É, ou deveria ser, a definição da palavra
"boas-vindas"[ii].
Sonhava com a Irlanda. Com uma terra onde havia magia nas
silenciosas montanhas enevoadas e meditativas, que guardavam segredos e campos
eternamente verdes. E foi o que encontrei quando estive lá.
Conversei com muitos amigos e familiares que foram à Irlanda.
Invariavelmente, todos que têm raízes naquele país sentem um estremecimento
quando pisam em solo irlandês. Sei que eu sinto. Mesmo antes de inspirar seu ar
pela primeira vez é como se já se conhecesse seu perfume.
Há muita beleza na pequena vila com seu pub e ruas sinuosas,
no alvoroço de cidades como Galway, nas montanhas que se projetam sobre o
oceano e nos campos adormecidos sob a bruma. Há coisas simples, como o
fazendeiro conduzindo suas vacas pela estrada, e grandiosas, como as ruínas de
um castelo construído há séculos ao lado da margem sinuosa do rio. Há círculos
dançantes de pedras, no campo de uma fazenda, e colinas encantadas nas
florestas.
E mágicas também são as flores que brotam nos jardins bem cuidados
ou o sabor dos bolinhos à hora do chá. Coisas simples e grandiosas. Foi o que
encontrei na Irlanda. E espero oferecê-las a vocês também[iii].
[i] Trecho
do prefácio ao leitor da Nora Roberts em Laços de Fogo – Trilogia da
Fraternidade
[ii] Trecho
do prefácio ao leitor da Nora Roberts em Laços de Gelo – Trilogia da
Fraternidade
[iii] Trecho
do prefácio ao leitor da Nora Roberts em Laços de Pecado – Trilogia da
Fraternidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário