Trilogia dos Príncipes #01
Hoje venho escrever sobre o romance de época O Príncipe Corvo, o primeiro livro da trilogia dos Príncipes,
lançado pela Editora Record. Alguns
podem até dizer que esta história é uma releitura da Bela e a Fera, porém a
autora fez algumas modificações que faz com que a história ficasse bem mais que
uma releitura, para mim ela é original, e quem pode nos dizer que o autor da
Bela e Fera não se inspirou em um conto mais antigo??
Resenha dos próximos livros: O Príncipe Leopardo #02 || O Príncipe Serpente #03
Anna Wren é uma dama filha do falecido vigário da vila, também é uma jovem
viúva que só não ficou sozinha no mundo porque mora com a sogra que lhe trata
com muito amor e há também uma jovem órfã que as duas acolheram quando criança
e que ajuda nas tarefas domesticas. O marido da Anna por ter morrido muito
jovem não conseguiu deixar uma boa condição financeira como herança e depois
dos vários anos transcorridos da viúves a Anna não está conseguindo mantê-las
fora das dificuldades, com isso ele decide que precisa trabalhar, pois o que
adianta ser uma dama, mas morrer de fome?
Aqui entra a primeira coisa que faz esta história poder ser diferente,
ela não é nenhuma jovem inocente e tola, já é uma mulher e que enfrentou e
enfrenta algumas dificuldades em sua vida, a outra é que ela não é uma mulher
extremamente linda, apesar de não ser feia.
“Era uma mulher sem atrativos. Tinha um nariz comprido e fino, olhos castanhos e cabelo castanho – pelo menos os fios que ele conseguia ver. Nada nela era extraordinário. Exceto a boca”.
Então que ela decide procurar emprego na maior casa da região, a do
misterioso Conde de Swartingham, que depois de muitos anos longe da propriedade
resolveu retornar e morar nela novamente. Pra sua sorte ela descobre que seu
administrador, o Sr. Felix Hopple está procurando um novo
secretário para o Conde e de tão desesperado em cumprir esta obrigação, aceita
a proposta da Anna e se aproveita do fato que poderá comprovar se ela dará
conta do recado antes de apresenta-la ao Conde, já que o mesmo irá fazer uma
viagem.
Tenho que dar um destaque para o Felix, este personagem secundário tem
um papel bem legal na história e não ficou esquecido pela autora ao longo dela,
ele também é quem nos proporciona a maior parte das cenas cômicas no livro.
“Félix Hopple fez uma pausa diante da porta da biblioteca do conde de Swartingham para avaliar sua aparência. A peruca, com dois cachos grandes bem enrolados de cada lado, fora empoada recentemente num tom vistoso de lavanda. Sua estrutura física – bastante esbelta para um homem de sua idade – era destacada por um colete cor de ameixa com um padrão de folhas de videira amarelas na barra. E suas calças, com listras alternadas em verde e laranja, era bela sem ostentação. Sua toalete era perfeita”.
Edward de Raaf, o Conde de Swartingham, foi o único sobrevivente em sua família da
epidemia de varíola, ele é literalmente um ogro devido às cicatrizes da doença
e também por causa de seu temperamento. Ele sofreu muito com a perda de sua
família e por isso se fechou emocionalmente. Sua paixão é a terra e assim como
seu paio trabalha com ela diretamente e com todos os seus arrendatários e isto
lhe torna um aristocrata diferente dos outros. Ele também não tem papas na
língua, mas tudo o que realmente deseja é formar uma família e ter herdeiros
para perpetuar a sua herança e sua descendência.
Mas qual foi a sua surpresa ao chegar a casa e descobrir que seu novo
secretário na realidade é uma mulher e pra piorar uma que não se assustava com
seu modo de falar e muito menos perdia a compostura e discutia com ele. Ele
iria testar até onde ela aguentaria, afinal os seus manuscritos estavam impecáveis.
“Ele para e examinou uma folha que estava sobre a mesa. Anna abriu a boca para tentar se explicar novamente, mas se distraiu ao notar que o conde acariciava a pena enquanto lia. Suas mãos eram grandes e bronzeadas, mais que as mãos de um cavaleiro deveriam ser. Pelos negros cresciam no dorso. E a ideia de que provavelmente ele tinha pelos no peito também surgiu em sua mente. Ela se esticou e pigarreou”.
O que fazer em relação à atração imediata que um estava sentido pelo
outro, eles eram muito diferentes e tinhas propósitos diferentes para suas
vidas, mesmo tendo considerado um ao outro feio e sem atrativos no primeiro
momento.
Esta história é diferente dos romances de época que estamos acostumados
por vários motivos e é um dos fatos que me fez gostar bastante dela. Temos o
conto do Príncipe Corvo sendo narrado no início de cada capítulo, isto faz
parte de um livro que a Anna está lendo e tem um significado bem especial da
história; devido ao fato da Anna ser viúva, a autora pode tratar dos desejos
femininos e não apenas do aspecto masculino que sempre permeiam as histórias.
Outra diferença é que como o conde não se preocupa com a maneira de falar ele é
bem escrachado em expressar sua opinião e sentimentos, principalmente no que
diz respeito aos seus desejos, o que torna a história bem descritiva nos
momentos hot e este é um romance de época com bastante “qualidade”... rsrsrsr
Amei o fato dos personagens principais não serem mimizentos, pelo
contrário, sabem o que querem e vão atrás, do fato da narração não ser do ponto
de vista de um único personagem e da maneira com que a autora trabalhou toda a
história. Gosto mais ainda do final da história. Meu coração vibrou de alegria
quando terminei a leitura. Gostei desta história desde a primeira vez que li e
mais ainda com nesta tradução e edição da Record que realmente ficou
maravilhosa. Vale destacar que os livros desta trilogia são histórias
independentes, este livro só nos apresenta os personagens masculinos principais
das histórias seguintes.
Realmente me apaixonei por esta capa linda e a impressão em papel
amarelo só deixou a leitura melhor. E se você que diz gostar de romance ler este livro e não gostar, aff, digo que
não podemos ser amigas... kkkkkk... brincadeirinha, mas realmente espero que
gostem.
Boa leitura,
Nota: 









Sobre o Livro ~ Informações Técnicas
Título original: The raven prince
Páginas: 350
Ano de edição: 2017
Tradução: Ana Resende
Editora: Record
Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante
Chega uma hora na vida de uma dama...
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável...
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude.
E encontrar um emprego.
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.
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